ULTRASONOGRAFIA
A IMPORTÂNCIA DO DOPPLER NA ULTRASSONOGRAFIA
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A ultrassonografia está presente na vida de todos em algum momento. É um método utilizado na área médica para produzir em tempo real imagens em movimento das estruturas e órgãos do interior do corpo e claro, ver e avaliar o feto na barriga da gestante.
A finalidade deste exame é de prevenir, diagnosticar ou acompanhar tratamentos. É um método não invasivo e comum no meio médico para produzir imagens dinâmicas seccionais ou tridimensionais sem usar radiação.
O que muitos não sabem é de um efeito que faz com que a ultrassonografia se torne ainda mais abrangente e completa: o Doppler. Você sabe o que é? Para que serve? E quais os tipos de ultrassonografias em que o Doppler é utilizado? Nós explicamos.
O QUE É DOPPLER?
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O nome Doppler se deu pela descoberta do físico austríaco Johann Cristian Andreas Doppler em 1852. O Doppler é um efeito utilizado durante a ultrassonografia que permite detectar e avaliar o sentido e a velocidade da corrente sanguínea em determinadas partes do corpo, contribuindo para o diagnóstico de muitas patologias. Ele oferece imagens dinâmicas, em tempo real da rede vascular e do fluxo sanguíneo sem radiação e sem efeitos colaterais.
Sinônimos: Dopplervelocimetria, Doppler, ultrassonografia com Doppler, ecodoppler.
DOPPLER NA GESTAÇÃO
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A ultrassonografia com Doppler é uma avaliação complementar de muita importância durante a gestação. O Doppler consiste na avaliação da circulação fetal e da circulação das artérias maternas que nutrem o feto. Através desta avaliação é possível identificar alguns fatores importantes, dependendo da idade gestacional e dos vasos estudados:
Doppler do primeiro trimestre (até 13 semanas e 06 dias):
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avaliam-se as artérias uterinas, com o intuito de identificar as pacientes que possuem risco de apresentarem aumento da pressão arterial durante o parto (a famosa pré-eclâmpsia). Com isso, em casos de pacientes de risco, medidas precoces podem ser tomadas, reduzindo expressivamente a chance de problemas futuros.
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avaliam-se ainda o ducto venoso e a regurgitação tricúspide, que juntos com outros parâmetros como a translucência nucal, são importantes para predizer o risco que o feto apresenta para algumas cromossomopatias (alterações genéticas), como a síndrome de Down.
Doppler no segundo e terceiro trimestres da gestação:
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as artérias uterinas continuam sendo avaliadas com o mesmo objetivo do primeiro trimestre: predizer o risco da gestante apresentar aumento da pressão arterial durante o parto (pré-eclâmpsia) e possibilitar a intervenção médica precoce para minimizar problemas futuros.
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avaliam-se ainda as artérias umbilical e cerebral média:
– artéria umbilical: artéria do cordão umbilical, responsável pela ligação entre o bebê e a placenta;
– artéria cerebral média: artéria no interior do cérebro fetal, responsável pela irrigação cerebral.
Através da avaliação conjunta destas duas artérias (umbilical e cerebral média), é possível identificar a presença de sofrimento fetal, além de contribuir para a diferenciação entre um feto naturalmente pequeno (como por exemplo, um feto com pais de baixa estatura) e um feto que está com seu crescimento restrito, ou seja, com dificuldade de receber nutrientes e crescer adequadamente.
DOPPLER NAS DEMAIS ULTRASSONOFRAFIAS
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Em toda e qualquer ultrassonografia que necessite de avaliação complementar da vascularização (fluxo sanguíneo), o Doppler pode e deve ser empregado. Exemplos:
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Doppler da Tireóide: permite avaliar o pico de velocidade das artérias que nutrem a tireóide e o grau de vascularização da glândula e dos nódulos tireoideanos (quando existem);
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Doppler da Bolsa Escrotal: permite avaliar a vascularização dos testículos e dos epidídimos, além da análise do refluxo sanguíneo das veias do plexo pampiniforme, possibilitando o diagnóstico da varicocele;
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Doppler do Útero e dos Ovários: permite avaliar as artérias uterinas e ovarianas, o padrão de vascularização do útero e do endométrio, além da presença ou não de vascularização nos cistos e nódulos ovarianos;
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Doppler das Artérias Carótidas e Vertebrais: permite avaliar o fluxo nas artérias carótidas e vertebrais, responsáveis pela irrigação cerebral, além de identificar obstruções significativas que podem aumentar o risco de acidente vascular encefálico (AVC);
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Doppler Venoso dos Membros Inferiores: permite avaliar o fluxo sanguíneo das veias que drenam os membros inferiores, pesquisando insuficiência e trombose nestes vasos. Esta análise é feita tanto no sistema venoso profundo (veias mais calibrosas), quanto no sistema venoso superficial (safenas e varizes).
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Doppler Arterial dos Membros Inferiores: permite avaliar o fluxo sanguíneo das artérias que irrigam os membros inferiores, pesquisando a presença de placas e obstruções, bem como aneurismas (dilatações);
Existem ainda diversos outros órgãos e regiões do corpo que podem ser avaliados pelo Doppler, basta que haja necessidade de se avaliar o fluxo sanguíneo nestes locais.
QUANDO REALIZAR UM DOPPLER
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A necessidade ou não de realizar uma ultrassonografia convencional (sem Doppler) ou com Doppler depende do que se deseja avaliar com o exame, cabendo esta decisão ao profissional médico que o solicita. Consulte seu(sua) médico(a) e converse com ele(a).